quarta-feira, 8 de maio de 2013

Decoração clara com um toque de vermelho e preto - Crisa Santos


No apartamento as bases têm cores claras (sofá, paredes), enquanto tons de vermelho-terra e preto distribuem-se pelos objetos de decoração. 

O móvel para TV foi desenvolvido pelo escritório Crisa Santos Arquitetos para a primeira casa do casal de proprietários, no entanto, pôde ser aproveitado no "layout" da nova residência da família. 

Neste projeto canto preferido do cliente acomoda a coleção de discos num nicho de marcenaria laqueada em bordô fosco ao lado de uma poltrona Charles Eames. As faixas sobre o fundo curvo, acompanhando a fachada curvilínea projetada por Ruy Ohtake, são feitas com tinta acrílica fosca (Suvinil). A horizontalidade das linhas faz a integração entre jantar, café, canto de discos e sala de estar.

Linhas avermelhadas integram os espaços da área social, desde o nicho de marcenaria pintado em bordô, até a pintura de Carlos Haraldo Sörensen, no estar. Foi importante, para harmonia da composição criada por Crisa Santos, que o piso de ipê escurecido fosse clareado com peróxido de amônia (Indusparquet).

A composição para o living nada podia brigar com a obra de Carlos Haraldo Sörensen (óleo sobre tela, ao centro). Assim criou-se uma combinação elegante entre as mesas de apoio Fernando Jaeger, com vidro e base metálica; o abajur da Indoasia, com base de porcelana e cúpula preta, e o sofá Holambra, da Dpot, em suede

Segundo a arquiteta Crisa Santos, suede, camurça ou couros são boas opções de acabamentos para sofás quando há gatos na casa, porque os bichanos costumam não gostar do toque desses materiais.

O quarto do casal tem espaço para trabalho e, à esquerda, está o closet. No ambiente, o piso é laminado (Pergo) e a marcenaria leva frejó laminado na bancada, combinado com laca branca das prateleiras e do gaveteiro. De acordo com a arquiteta, como a bancada era longa, foi preciso adaptá-la a uma lâmina de ferro que faz a sustentação da peça .

Os proprietários do apartamento queriam cama baixa. O móvel foi desenhado pela arquiteta para acomodar um colchão comum e teve execução (Mobília Brasil) feita com compensado naval revestido por lâminas de carvalho branco americano e cabeceira em couro.


No lavabo para uso social alterou a posição da porta, movendo-a do canto onde termina a bancada em silestone branco Zeus (São Mateus) para o canto oposto (visível pelo espelho). A nova porta volta-se para uma circulação entre áreas social e íntima. A faixa de espelho com 60 cm de largura (Apice Art) serve para aumentar visualmente a área. 

No banheiro houve a aplicação de pastilhas Jatobá e azulejos Portobello na cor branca e o mármore piguês (São Mateus) foi usado tanto na bancada como na borda de banheira (Jacuzzi). Os metais são Perflex, enquanto as louças e o chuveiro são da Deca. 

O projeto do edifício, datado de 1984 e assinado por Ruy Ohtake, previa larga faixa de janelas maxi ar. Os caixilhos superiores foram mantidos, porém os inferiores foram tapados com "blackouts" e "drywall" e vedados, depois cobertos pela faixa de espelho (Apice Art). A hidráulica do banheiro, ainda de ferro, foi trocada por novos tubos de cobre.

A parede da coifa tubular é falsa: trata-se de um consjunto de janelas maxi ar fechado com "blackout" e "drywall". O revestimento é composto por pastilhas de vidro (Colormix) e a grande peça de granito pré-existente foi recortada e restaurada para acomodar a cuba tripla (Tramontina).

A área de lareira é uma extensão da sala de jantar, com duas poltronas e tapete Fernando Jaeger, para relaxar e tomar cafezinho após refeições. O piso de tábua corrida é comporto em ipê, original do edifício projetado nos anos 1980 pelo arquiteto Ruy Ohtake. A madeira tinha coloração escurecida e foi clareada com peróxido de amônia, para ficar com tom mais próximo ao cumaru; Por fim, o piso foi tratado com resina Skania (Indusparquet). 

O jantar e a salinha de café estão interligados por um móvel revestido em MDF laqueado cuja marcenaria "riscada" chega até a lareira (Mobília Brasil). Suas portas de correr separam a louçaria de uma adega, cujo mesmo padrão é usado como revestimento de parede e para a lareira. 










  







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